Notícias
Download da Tese "O LABORATÓRIO NO ENSINO DA ARQUITETURA"
Faça o download gratuito da tese de Doutorado do ahático Roberto Pompéia (arquiteto). A tese apresenta a experiência dos "Laboratórios de Habitação" como vivência educacional essencial à formação de bons futuros arquitetos. Para baixar, clique aqui. |
Companhia dos Amigos no programa Vitrine da TV Cultura
'Loki' expõe lucidez insana de Arnaldo Baptista
3 de Agosto de 2009 Publicado originalmente em http://blogdomauroferreira.blogspot.com/2008/10/loki-expe-lucidez-insana-da-mente-de.html "Minha alegria são as etapas vencidas", admite Arnaldo Dias Baptista, eterno mutante, logo num dos takes iniciais de Loki, arrebatador documentário produzido pelo Canal Brasil sobre uma vida que, como ressalta Lobão, foi sublimada na forma de Arte. Ao costurar depoimentos com fartas e raras imagens de arquivo, o diretor Paulo Henrique Fontenelle expõe a lucidez insana da mente de Arnaldo, merecidamente saudado no filme como o artista que deu identidade brasileira ao rock através do conjunto Os Mutantes, ápice de trajetória musical que, de forma simbólica, começa na infância, quando, no alto de uma roda-gigante, Arnaldo ouviu Elvis Presley (1935 - 1977). "Eu me senti vivo", recorda. Na roda-viva do mundo adulto, Arnaldo, adolescente, formaria o grupo The Thunders, que desembocaria no conjunto O' Seis (já com Rita Lee), que, por sua vez, seria o embrião dos revolucionários Mutantes. "A cabeça dos Mutantes era a de Arnaldo Baptista", sentencia o maestro tropicalista Rogério Duprat (1932 - 2006), acrescentando que o trio paulista foi o elemento mais importante da geléia geral brasileira arquitetada por Caetano Veloso e Gilberto Gil em 1967. Loki, a propósito, reproduz trechos da histórica apresentação de Domingo no Parque no III Festival de Música Popular da Brasileira, exibido pela TV Record em 1967. Foi quando Gilberto Gil se aliou ao trio para derrubar o muro que separava o rock da música brasileira. Ao imediato estouro dos Mutantes, vieram, na seqüência, as viagens alucinógenas a bordo de LSD. "As drogas somente atrapalharam. Foi o começo do fim", interpreta o produtor Liminha, na época baixista dos Mutantes. Sem fazer julgamento moral, o filme enfatiza através dos depoimentos o prejuízo que as drogas causaram na mente de Arnaldo. Sobretudo depois que Rita Lee, o primeiro idealizado amor do artista, saltou fora dos Mutantes e da vida de Arnaldo. Não necessariamente nessa ordem. Loki, aliás, acerta ao não tomar posição em relação à ainda controvertida saída de Rita da banda. Se a Ovelha Negra (que se recusou a falar sobre o assunto para o filme) sustenta em entrevistas que foi expulsa por Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, então decididos a guiar os Mutantes por trilhas mais progressivas, Liminha e o baterista Dinho Leme afirmam lembrar do momento em que a cantora comunicou aos colegas que estava saindo do grupo. Já Sérgio Dias dá a entender que a versão da expulsão é mais uma das fantasias da teatral Rita. Espontânea ou não, a saída de Rita Lee do grupo ajudou a desintegrar a mente de Arnaldo Baptista. Tanto que o artista, depressivo, logo sairia dos Mutantes e gravaria um estupendo primeiro disco solo, Loki (1974), em cujas desiludidas letras expôs sua fratura emocional. A crise se agravaria a ponto de Arnaldo não fazer seu agendado show no Festival de Águas Claras, em 1975. Contudo, da efêmera união do artista com a atriz Martha Mellinger, nasceria em abril de 1977 Daniel, único filho de Arnaldo e, naquele momento, único ponto de equilíbrio na confusão de sua vida. Nem a formação de uma nova banda, a Patrulha do Espaço, deu novo prumo à carreira de Arnaldo, que, em 31 de dezembro de 1981, dia do aniversário de Rita Lee, tentou o suicídio ao se atirar do quarto andar de um hospital psiquiátrico. "Eu me joguei da janela", assume Arnaldo. Contudo, o jogo da vida ainda não estava perdido para o mutante. No longo período de convalescença, entrou em cena Lucinha Barbosa, fã que viria a se tornar a dedicada mulher do artista. Em seu refúgio em Juiz de Fora (MG), amparado por Lucinha, "sem ligação com o passado", como ela enfatiza em seu depoimento, Arnaldo foi reorganizando sua mente num universo todo particular, com o auxílio da pintura. Até a volta consagradora em 2006 com a reunião dos Mutantes para show em Londres, idealizado dentro de evento em homenagem à Tropicália. A volta se estendeu ao Brasil e, em janeiro de 2007, um show ao ar livre reuniu 80 mil pessoas em São Paulo (SP) em torno dos Mutantes. Foi, no entender apropriado de Tom Zé, o fecho de um ciclo na carreira de Arnaldo. Ao fim do filme, de todo comovente pela história naturalmente interessante do artista, Zélia Duncan - mutante temporária, recrutada para assumir no show de 2006 o posto de vocalista recusado por Rita Lee - sintetiza muito do visto e ouvido em duas horas de narrativa ao dizer que o legado de Arnaldo Baptista é a liberdade. Loki seduz ao expor sem firula a saga de um artista que venceu etapas e - hoje já alegre - celebra a eterna mutação da vida. |
Via Aha! Aha!
22 de Julho de 2009 O ViaAha! é um trabalho transformador, amoroso, focado, de inteligência coletiva e que represente um salto de qualidade profissional e pessoal. Trata-se de um acompanhamento individual. Um formato de coaching/counseling diferenciado, vivencial; e que, tendo a andragogia como eixo, passa pelas diversas áreas do conhecimento de forma a buscar soluções criativas e reflexivas. Tudo começa com uma simples pergunta: “Qual é o seu pedido?”. ![]() • A educadora Anita Prado Ferraro e a psicóloga Maria de Fátima Rodrigues, que atuam como “balizadores” em busca do pedido feito, • O artista Woody, que desenvolve material gráfico e em vídeo, desenvolvido com auxílio de dois ajudantes. Vale qualquer coisa que o participante sonhar, desde que seja seu pedido mais sincero. Permitir-se sonhar para além das vicissitudes do dia-a-dia traz um resgate de esperança a este profissional “submerso” no trabalho de cuidar. Também traz leveza ao ambiente. Mas acima de tudo, possui uma importância muito maior. Afinal, ao longo do processo o participante é acompanhado em ações práticas e, se não atinge completamente seu objetivo, percebe-se capaz de chegar lá por meio da CRIATIVIDADE. A equipe utiliza-se de: *PEDIDO – o Pedido é um ponto traçado no futuro. Serve para alinhar as ações de auto-conhecimento e representam um problema a ser resolvido, uma meta, algo que dê sentido maior à vida. *SÉRIE DE PERGUNTAS – durante os encontros, o objetivo maior é perguntar e ouvir – de forma a estreitar laços com o participante e esclarecer tanto seu pedido quanto sua situação atual. O objetivo é caminhar com o participante para o mais próximo possível da concretização do Pedido. *LEITURA DA PAISAGEM – é uma visita física ao local do consulente, seja sua mesa ou até mesmo sua casa. *CARTOGRAFIA PESSOAL – conjunto de mapas da personalidade do consulente. Estes podem ser entregues paulatinamente ao longo dos encontros ou todos em um só kit, ao término do ViaAha! *TRABALHOS MANUAIS (“Metendo a Mão na Massa”) – em um dos encontros, é pedido ao participante que desenvolva algo com as mãos – normalmente uma receita, como um bolo ou biscoitos. As mãos estão diretamente atreladas ao fazer e à alquimia. *PESQUISAS – os profissionais “balizadores” fornecem ao participante, pesquisas e indicadores relacionados ao seu Pedido. *ACOMPANHAMENTO VISUAL – por meio de representações artísticas (cartoons, pequenos vídeos, materiais impressos), o consulente vê a si mesmo com outros olhos, criando-se assim’condições propícias ao “insight” – daí o nome ViaAha!, ou seja, “por meio da descoberta”. *DIÁRIO DE BORDO – pasta que fica com o participante e na qual ele guarda suas páginas, pesquisas, tarefas etc. *SENSÔMETRO – instrumento de aferição dos resultados atingidos. O ViaAha! surgiu tendo como inspiração o Ócio Criativo de Domenico deMasi e a Escola da Ponte de José Pacheco. Baseia-se na maiêutica de Sócrates e na Paidéia grega, e quem melhor o fundamenta são os criadores da transdisciplinaridade: Basarab Nicolescu e principalmente Edgard Morin. Melhorias esperadas: • na relação com os parceiros profissionais, • nas relações familiares, • no equilíbrio entre trabalho e lazer, • no empenho quanto ao desenvolvimento profissional (cursos, qualificação etc) Para maiores informações, mande-nos um e-mail. |
União com máquinas vai libertar o cérebro do corpo
Carta da Terra é tema de 2º Fórum de Comunicação
7 de Maio de 2009 ![]() ![]() Criada em 2000, a Carta da Terra defende, entre outras coisas, a preservação do meio ambiente, o fim dos preconceitos, a paz entre os povos e a sustentabilidade como pré-requisito para a perpetuação da espécie humana. O documento que serviu de inspiração para o Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade, no ano passado, continuou a ser debatido na segunda edição do evento, em São Paulo, nos dias 6 e 7 de maio. O Fórum foi conduzido pelo "mestre sem-cerimônia" Wellington Nogueira (Doutores da Alegria), e entre os participantes das quatro mesas temáticas, estiveram nomes da política, dos movimentos sociais, de empresas, da área acadêmica e da espiritualidade, além de três ganhadores de prêmios Nobel – David Trimble, Paz em 1998, Mohan Munasinghe, Paz em 2007 e Edmund Phelps, Economia em 2006. Este último foi presenteado pelo Ahático Woody, com uma caricatura. Woody fez ainda um segundo desenho, postado aqui. O sr. Edmund, apesar da visão de futuro muito clara em sua fala, foi impreciso ao receber o presente: não sabia se ria ou permanecia em sua postura bastante séria! Durante a realização do evento ainda foram apresentados os resultados da pesquisa Brasil Ponto a Ponto – realizada pelo PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, em que os internautas deveriam opinar sobre o próximo tema do Relatório de Desenvolvimento da ONU (leia reportagem O que precisa mudar no Brasil?). Também houve exibição do vídeo sobre o 4º Dossiê Universo Jovem, produzido pela MTV Brasil e que aborda o tema da sustentabilidade, e o perfil da programação do Canal Futura. |
Anita explica o conceito de Comunidade Vertical Urbana
Em entrevista concedida ao Primeiramão, a educadora e empresária Anita Prado apresentou a história do edifício Companhia dos Amigos, o primeiro construído com o conceito de Comunidade Vertical Urbana - que contempla não somente a sustentabilidade ambiental, mas também a sustentabilidade das relações humanas. Confira em: http://blog.primeiramao.com.br/index.php/2009/04/24/edifcio-companhia-dos-amigos/ ![]() |
Radiohead faz arte essencial, pura, um soco no estômago
![]() “Drops sabor inspiração e cultura coloridos afetivamente.” “Drops de Pérolas #7” Hoje, quando o tintureiro chegar e perguntar "Tem roupa pra lavar?", vou disfarçar e dizer "Tem não, senhor..." Da última vez que dei minhas roupas para lavar após assistir a um show do Radiohead, vi no dia seguinte o tintureiro voltar com uma certa melancolia estampada na face... A música deles impregna até na roupa. Não desgruda. Logo após o show, é impossível sequer ligar o rádio do automóvel. Conversar com alguém, nem pensar... Dependendo de quem esteja com você então, é uma ótima desculpa. Na manhã seguinte você ainda acorda enlevado, perguntando: o que é aquilo que passou ontem por mim com tanta força? Mas erra feio quem reduz estes sentimentos somente à melancolia. Este é só um dos inúmeros calafrios que se sente ao ouvi-los ao vivo. E, a cada música, a viagem te conduz a lugares distintos. Você fatalmente irá se apaixonar pelo trabalho deles, se os lugares em que a música deles te levar forem os lugares que você eventualmente gostaria de estar, de conhecer... Senão, não vai gostar. A música é mágica, enigmática, lancinante, ousada. O grupo se apresenta exatamente como eles são fora do palco. Sem afetação, modismos, superficialidades. Não fazem gênero. Vão lá, dão o seu recado e, infelizmente, vão embora. E são generosos. Mais de duas horas disso tudo, com uma mistura na medida certa entre som, luz e imagem. Uma completando a outra. Luz e imagem a serviço da música. Nada está lá à toa, para chamar atenção. Tudo na medida certa, elegante. Um show impecável, inesquecível. Difícil destacar alguma música (apesar de minha paixão por "Videotape"). Nem as mais antigas parecem deslocadas no contexto geral do show. Thom Yorke, gênio encantado, cantor excelente e absurdamente carismático, te conduz com segurança e uma pontinha de satisfação a uma outra dimensão. Depois, fica muito difícil voltar... Nosso mundo aqui é bem mais chatinho. Só fico um pouco incomodado quando leio que Radiohead é uma banda de rock. Ser só uma banda de rock certamente não é pouca coisa, mas eles vão muito além. Muito além... Evidentemente que estas são sensações muito particulares. Mexe com um, não mexe com outro. Só estou querendo dizer que este grupo de cinco rapazes, amigos de colégio, se juntou e misturou letra, música, técnica, performance, luz e imagem de uma maneira que me inquieta, me transtorna. É arte. Pura, essencial. Um soco no estômago. Ed, Colin, Jonny, Phil e Thom, quero acreditar, conspiraram com a intenção de me fazer levitar com sua música. E eu, daqui de cima, vejo uma galera saindo do show tarde da noite...tranquila. Feliz. ISAY WEINFELD, 56, é arquiteto. (Publicado na Folha de São Paulo, em 24 de março de 2009, dois dias após o show da banda inglesa na Chácara do Jóckey, São Paulo.) |
1-10 of 35